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O Futuro de Israel e o seu...

A relação entre Israel e a Igreja é um assunto importante na Bíblia e, ao longo dos séculos, tem sido discutido por muitos estudiosos. Um dos textos centrais sobre isso é Romanos 9 a 11, onde o apóstolo Paulo fala sobre o papel do povo de Israel na história da salvação. Dentro desse debate, existe uma abordagem teológica chamada dispensacionalismo progressivo, que tenta mostrar como Deus está agindo tanto por meio da Igreja quanto com um plano específico para Israel.

Em Romanos 9.1-5, Paulo mostra como Israel é um povo especial, escolhido por Deus e cheio de privilégios: a adoção como filhos, a glória, as alianças, a lei, o culto e as promessas. Mesmo assim, Israel rejeitou o Messias e se tornou, em grande parte, incrédulo. Isso levanta uma pergunta difícil: se Deus fez tantas promessas a Israel, como entender a rejeição deles ao evangelho? Isso significa que Deus falhou? A resposta de Paulo é clara: de forma alguma. A fidelidade de Deus permanece, e a salvação nunca foi por obras, mas sempre pela fé, baseada na misericórdia de Deus (Romanos 9.15-16; 10.4). Na verdade, a rejeição de Israel por conta de sua incredulidade não é nem completa, nem final.

Paulo também explica que Israel tem responsabilidade por sua incredulidade. O Antigo Testamento já falava sobre isso, como vemos em Deuteronômio 32, Isaías 65 e Joel 2.32. A rejeição de Israel não foi surpresa para Deus, mas parte do plano divino para abrir as portas da salvação também aos gentios. Ainda assim, isso não significa que Deus acabou com Israel como povo.


O fato de Israel continuar existindo em meio a tantas ameaças é mais uma evidência de que Deus ainda tem um plano para esse povo.

É aí que entra a comparação com a oliveira, em Romanos 11. Deus plantou uma oliveira, que representa o Seu povo. Alguns ramos naturais (judeus incrédulos) foram cortados, e ramos de oliveira-brava (gentios crentes) foram enxertados no lugar. Mas Paulo diz que Deus é poderoso para enxertar de novo os ramos naturais, se eles não permanecerem na incredulidade. Em outras palavras, ainda há esperança para Israel.

Alguns cristãos acreditam que a Igreja substituiu Israel, ou seja, que o povo judeu já não tem mais um papel especial no plano de Deus. Mas o texto de Romanos 9-11 depõe contra essa interpretação afirmando que, embora as muitas similaridades, existem diferenças fundamentais entre Israel e a Igreja, e que Deus ainda vai cumprir Suas promessas feitas a Israel. O dispensacionalismo entende que algumas promessas já estão se cumprindo na Igreja hoje, como o perdão dos pecados e a presença do Espírito, mas outras ainda aguardam o futuro.

Em Romanos 11.25-26, Paulo fala de um endurecimento temporário de Israel até que entre a plenitude dos gentios, e então “todo o Israel será salvo”. Isso significa que, no futuro, haverá uma grande volta do povo judeu ao Senhor. Essa salvação futura de Israel não é simbólica nem espiritualizada, mas uma promessa real de que Deus, em sua fidelidade, trará muitos judeus de volta à fé em Jesus como Messias para que o mundo seja abençoado de uma maneira nunca vista (Rm 11:12, 15, 16).

Por isso, a preservação de Israel ao longo da história não é apenas um fato impressionante, mas também um testemunho da fidelidade de Deus. Apesar de séculos de perseguições, diáspora, antissemitismo e até tentativas sistemáticas de extermínio, como no Holocausto, o povo judeu continua existindo. Isso é necessário para que as promessas de Romanos 11 possam se cumprir. Deus prometeu restaurar Israel, e para que isso aconteça, Israel precisa continuar existindo como povo. Sua sobrevivência é, em si, um milagre e um sinal da mão protetora de Deus.

Mesmo hoje, enquanto vemos tensões e conflitos entre Israel e outras nações — como o atual confronto com o Irã —, essa preservação continua sendo relevante. O fato de Israel continuar existindo em meio a tantas ameaças é mais uma evidência de que Deus ainda tem um plano para esse povo. A história não está fora de controle. Pelo contrário, ela caminha rumo ao cumprimento do plano divino, quando, conforme a promessa do apóstolo Paulo, “todo o Israel será salvo”. Essa certeza deve fortalecer nossa confiança no Deus que é fiel para cumprir tudo o que prometeu.

Essa fidelidade de Deus a Israel também nos ensina algo profundo sobre a nossa própria caminhada com Cristo. Se Deus é fiel para preservar Israel ao longo dos séculos com o propósito de restaurá-lo no tempo certo, quanto mais não será fiel para preservar os que pertencem a Jesus? Os discípulos de Cristo também são guardados com um propósito eterno: a glorificação. Os planos de Deus para o nosso futuro garantem que nossa vida presente está segura em Suas mãos. Como o próprio Senhor Jesus disse: “Todo aquele que o Pai me dá, esse virá a mim; e o que vem a mim, de modo nenhum o lançarei fora... (e mais na frente) eu o ressuscitarei no último dia” (João 6.37,40). Em tempos de incerteza, essa promessa nos traz descanso: assim como Deus não se esquece de Israel, Ele também jamais se esquecerá dos Seus filhos.

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